PLANO DE ENSINO DE
LITERATURA PORTUGUESA
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1° Semana
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SEGUNDA
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TERÇA
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QUARTA
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QUINTA
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SEXTA
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00:50
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Apresentação Redes
sociais em sala de aula
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Criação de twitter
da sala
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Slides Realismo
Português
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Twittar 3 textos
sobre o Realismo
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Apresentação de Eça
de Queirós – Leitura de “O crime do Padre Amaro” em casa
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2° Semana
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SEGUNDA
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TERÇA
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QUARTA
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QUINTA
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SEXTA
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00:50
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Em dupla:
Entrevista com Eça de Queirós
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Twittar trecho
sobre uma obra de "Eça"
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Leitura do Blog:
Literatura com Amaro
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Apresentação de: O
Crime do Padre Amaro
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Intertextualidade
de "O Crime" com notícia atual
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3° Semana
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SEGUNDA
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TERÇA
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QUARTA
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QUINTA
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SEXTA
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0:50
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Filme: O CRIME DO
PADRE AMARO
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Slides Realismo e
Eça de Queirós
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Leitura de trecho
da obra. Comparar com filme
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Leitura de trecho
da obra. Comparar com o realismo
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Pesquisa digital:
Contexto da época do autor
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4° Semana
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SEGUNDA
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TERÇA
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QUARTA
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QUINTA
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SEXTA
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00:50
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Identificar
personagens em ilustrações digitais
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Twittar trechos e
síntese da obra
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Produção de texto
da compreensão da obra
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Revisão Obra,
Autor, Realismo com slides
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Avaliação digital
sobre a obra, autor, Realismo
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Literatura com Amaro
sábado, 19 de maio de 2012
Plano de ensino
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Pano de fundo social e político de Portugal durante a produção da obra e as consequências destes fatos históricos na literatura.
A obra O Crime do Padre Amaro foi escrita durante o
Naturalismo/Realismo e publicada em 1875.
O Realismo em Portugal tem seu início marcado com a Questão
Coimbrã em 1865, liderada por Antero de Quental, e estende-se até 1890, quando
Eugênio de Castro publica a obra “Oaristos”, dando início ao período
Simbolista. Durante esses 25 anos de predomínio da estética Realista, Portugal dói
governado por D. Luís I e, em seguida por D. Carlos I.
D. Luís herdou a coroa em 1861 quando seu irmão D. Pedro V
faleceu sem deixar descendentes. Durante o seu reinado e, em consequência da
criação do imposto geral de consumo, que não agradou a opinião pública,
aconteceu a rebelião “Janeirinha” (final de 1867). Em 1870, estourou uma
revolta militar, que pretendia a demissão do governo. Em represália o Rei
substituiu todo o ministério. Depois do conflito parlamentar ocorrido em 1878,
os progressistas atacaram o rei, acusando-o de patrocinar os regeneradores.
Este episódio constituiu um incentivo ao desenvolvimento republicano. No ano
seguinte, D. Luís chamou os progressistas para formarem o governo. Em 1889, com
a morte de D. Luís, tem o inicio o governo de D. Carlos. Nesse período o país
atravessava uma grave crise econômica. Os bancos e as empresas estavam falidos,
o desemprego aumentava em grande escala e, por isso as classes trabalhadoras
eram submetidas a duríssimas condições de trabalho em troca de salários
miseráveis. Tudo isso gerou um descontentamento geral, que foi refletido em uma
série de protestos e greves. Para piorar a situação, em janeiro de 1890, a Inglaterra
deu um ultimato a Portugal, exigindo que fossem retirados os exércitos
portugueses que se encontravam entre Angola e Moçambique, caso contrário a
guerra seria declarada.
O desfecho desse momento conturbado vivido por Portugal se
dá no ano de 1891, já sob a influência da estética Simbolista.
O ambiente social, na
Europa de então, sofria os efeitos da consolidação da civilização burguesa, o
surgimento do proletariado e de suas lutas, das idéias do liberalismo e
democracia e suas inúmeras mudanças, o desenvolvimento das ciências naturais e
teorias científicas. Foi um cenário de ênfase no aspecto material, com uma
forte redução no espiritualismo e críticas severas à religião, apresentada como
manifestação primitiva do ser humano. Assim, no Realismo a literatura torna-se
menos uma distração e mais um meio de crítica e combate às instituições.
Assim, as
características principais do Realismo incluíam a busca da realidade de vida,
mostrada como realmente é, com os lados positivos e negativos; um pessimismo
latente, onde as criaturas eram más e mal intencionadas, ao contrário do
Romantismo, onde eram tratadas como bondosas; uso de temas de caráter
grosseiro, para chocar os padrões morais do leitor; preocupação em relatar os
fatos comuns do dia-a-dia, que no Romantismo eram preteridos pelo
extraordinário, pelo invulgar; tudo descrito com minúcias, muitas vezes em
demasia.
O Realismo não foi
tanto uma escola literária como um sentimento novo, uma nova atitude espiritual
em que couberam direções muito divergentes, que se alçou contra um idealismo
sem idéias. A sua conseqüência mais vital e duradoura foi romper com o
patriotismo provinciano dos ultra-românticos, abrindo o espírito nacional a todas
influências externas e ampliando a gama de escolha dos motivos literários.
Embora tenha conhecido na França a sua forma mais rigorosa, o Realismo é igualmente um fenômeno europeu.
Em Portugal, as semelhanças entre Realismo e Naturalismo eram muito fortes. O principal representante do Realismo português foi Eça de Queirós, com a
publicação do conto Singularidades duma rapariga loira que,
na opinião de Fialho de Almeida, foi a primeira narrativa realista escrita em
português. Com o aparecimento de O crime do padre Amaro e
de O primo Basílio, ambos de Eça de Queirós, no qual o Realismo e o Naturalismo se confundem, a nova escola implantava-se definitivamente.
Bibliografia:
Bibliografia:
terça-feira, 1 de maio de 2012
Robson
A obra “O Crime do Padre Amaro” inspirou outros trabalhos artísticos.
Seu tema foi levado para o cinema, novela, teatro e revistas em quadrinhos. A própria obra foi traduzida para varias línguas.
Recomendamos aos professores: elaborar com os alunos um
trabalho em sala e extraclasse que esteja ligado com outras artes, e que se
influenciaram da Obra de Eça de Queirós. O aluno poderá, também, e ou, apresentar
um comparativo linguístico entre o português e em uma das línguas em que o
texto foi traduzido “O Crime do Padre Amaro”.
domingo, 22 de abril de 2012
Robson
Para estimular os alunos, e motivar a pesquisa web recomendamos a visualização dos slides sobre a transição entre o Romantismo e Realismo. Também para introduzir um estudo sobre o período histórico do artista poderão os alunos apresentarem como seminário os slides abaixo, pois facilitam a absorção do conteúdo. Demonstrando somente a período do Realismo como nos slides:
http://www.slideshare.net/MissBlackBerryBush/o-realismo-2940739
Ou a mescla entre Eça de Queirós e o período do Realismo:
http://pt.scribd.com/doc/3373992/Literatura-Aula-14-Eca-de-Queiros-e-o-realismo
Robson
Recomendamos que o professor:
Elabore com os alunos um jogo de identificações artísticas elaboradas sobre o tema do Romance de Eça de Queiroz – “O Crime do Padre Amaro” utilizando a internet como canal. Conforme o exemplo que apresentamos, o artista português especialista em desenho, ilustração digital, em aquarela e pintura a óleo – Jorge Miguel. Baseado no ”Crime do Padre Amaro” realizou uma serie de ilustrações para a obra, conforme o link de seu home Page do artista.
domingo, 8 de abril de 2012
O filme sobre O crime do padre Amaro
O Crime do Padre Amaro (em espanhol El crimen del padre Amaro) é um filme de 2002 dirigido por Carlos Carrera, escrito por Vicente Leñero.
Trata-se de uma adaptação da obra de Eça de Queirós e que foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Tem como elenco Gael Garcia Bernal, Ana Claudia Talacón, Sancho Gracia, Angélica Aragón, Luisa Huertas, Ernesto Gómes Cruz.
De gênero drama.
Sinopse: O jovem Amaro, ansioso por mudar o mundo, torna-se sacerdote graças à sua vocação e às suas boas relações com o bispo, que o envia em treinamento à igreja do povoado de Los Reyes, Aldama, sob a supervisão do padre Benito, para no futuro mandá-lo estudar em Roma. Lá, ele conhece a inocente e sensual devota Amélia, filha da S. Joaneira (dona da taberna local e do coração do padre Benito) e, pouco a pouco, o sacerdote recém-chegado vai se apaixonando pela jovem e amaldiçoando sua sorte, que o condena ao celibato. Apesar disso, a jovem, seduzida pelo jeito afetuoso do padre e pela devoção a Deus que ambos compartilham, acaba caindo nos braços dele. O destino lhes oferece o pretexto perfeito para cair em tentação: a filha do sacristão Martín, uma moça com retardamento mental, a quem eles decidem ensinar juntos a palavra de Deus...
Em torno dessa história, entrelaçam-se as vidas paralelas do padre Benito, um homem de boa vontade que caiu em tentação para ajudar seu povoado e para não ter de enfrentar o inferno da solidão; o padre Natário, um sacerdote "rebelde" a favor da Teologia da Libertação, que se dedica integralmente a uma pequena comunidade na serra e que protege os guerrilheiros e os líderes do narcotráfico; a S. Joaneira, uma mulher sem preconceitos que é amante do padre Benito; Don Paco, um espanhol tachado de "comunista" que não acredita na igreja nem em seus representantes; seu filho Rubén, o namorado jornalista de Amélia, que está a par dos segredos mais inomináveis do povoado; um bispo todo-poderoso e calejado graças aos seus muitos anos de experiência clerical, e um prefeito bonachão, que conduz seus negócios segundo os mais diversos interesses e que, como bom político, mantém boas relações com todos.
A proposta é pedir para os alunos lerem o livro e depois o professor passar o filme em sala de aula, ou pedir para os alunos assistirem o filme e depois escrever um texto comparando a obra com o filme.
Proposta para trabalho com alunos
Jéssica
Uma proposta para o professor trabalhar com os alunos em sala de aula é fazer uma intertextualidade do livro com notícias de hoje em dia.
Um exemplo disso é a crítica que Eça de Queirós faz sobre a igreja católica.
Uma frase que relata a hipocrisia religiosa é dita por um abade "A pobreza agrada a Deus Nosso Senhor"
Numa noticia colocada em um site de Angola (figura acima) relata que pelo menos três pastores angolanos da Igreja Mundial do Poder de Deus foram expulsos por terem descoberto que líderes da igreja (todos brasileiros) desviaram 4,36 milhões de Reais da arrecadação do dízimo e venda de canetas e gravatas com o poder da "cura divina"
A proposta é discutir com os alunos sobre como é atual a crítica sobre a igreja, sendo católica ou não, de que a pobreza dos fieis agrada a igreja, mas que o enriquecimento da igreja agrada os próprios padres e pastores e por isso o dízimo é considerado obrigatório. Enquanto os fieis precisam dar um pouco do dinheiro, que foi conquistado com muito esforço para as igrejas, as igrejas se engrandecem com o dinheiro do povo. Como é contraditório o fato dos fieis terem que ser pobres, mas as igrejas necessitam ser ricas, com o dinheiro do próprio fiel que frequenta a igreja em busca de ajuda divina e de milagres, mas na realidade só enriquecem as próprias igrejas.
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